O mercado imobiliário deve ter uma nova fase de crescimento a partir de 2019, sustentando pela perspectiva de oferta de crédito barato para construção e aquisição de imóveis, em meio a um cenário macroeconômico com taxa básica de juros em torno de 8% ao ano e inflação estabilizada no patamar de 3% a 4%.
“A expectativa é que entremos em um novo ciclo de crescimento do mercado imobiliário a partir de 2019”. Essas, são falas de Celso Petrucci, economista do Secovi-SP durante a palestra na Convenção Secovi, que reúne empresários do setor. “Acredito que teremos um País em que não estamos acostumamos a trabalhar, com taxa de juros baixa e inflação sob controle. ”
O levantamento do mercado imobiliário só deve ganhar corpo entre os últimos meses de 2018 e início de 2019, de acordo com expectativas de empresários, os problemas econômicos ainda pesam muito sobre a região – dependente da indústria do petróleo – ao contrário de outras praças onde a comercialização de imóveis já deu sinais de reaquecimento.
Com adesão da Caixa, a taxa de juros caiu de 10,25% para 9% e isso significa mais poder de compra na casa própria para o consumidor.
Além disso, a porcentagem do que pode ser financiado no preço do imóvel aumentou, subindo de 50% para 70%. A Caixa voltou a aceitar transferência de financiamentos que estavam sendo feitos em outros bancos. Com isso, há uma enorme contribuição para o aquecimento do ramo.
O aumento do limite de financiamento de imóveis começou a vigorar na útlima terça, (31). Com a medida, os mutuários poderão financiar imóveis de até R$ 1,5 milhão com juros menores que as taxas de mercado, em todo o país. Atualmente o teto para financiamentos do SFH corresponde a R$ 950 mil nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. Nas demais localidades do país, o limite de financiamento é R$ 800 mil.
Momento da virada é quando surgem as melhores oportunidades
Ricardo Amorim, o economista mais influente do Brasil, recentemente falou sobre o mercado imobiliário. Veja o que ele disse:
O mercado imobiliário é predominantemente local. Você não investe em mercado imobiliário, você investe em um empreendimento ou em um fundo que é um conjunto de empreendimentos. Quando se compra um imóvel, é mais do que isso, se compra uma unidade em um imóvel, seja um investimento em um residencial, seja no comercial. O que quer dizer isso? Que é preciso olhar caso a caso, porque as perspectivas do mercado imobiliário são boas, mas tem um fator fundamental: o bom investimento, sempre, só é um bom investimento quando feito no preço correto.
A dica mais importante é entender que esse é o mercado mais cíclico que existe. O que significa isso? Que quando ele é bom, ele é ótimo, quando é ruim é péssimo, e normalmente é no momento contrário do que as pessoas acham. Quando as pessoas acham que está péssimo, é normalmente quando se tem as maiores oportunidades, e quando as pessoas acham que tá ótimo, que é no final do ciclo, quando está indo bem há uns 6, 7, 8 anos, aí todo mundo fala: “Imóvel é bom sempre” “Não, nada é bom sempre”.
Por outro lado, quando ele foi mal nos últimos anos e se pensa que é o fim do mundo, acabou, aí está perto da virada. E como o buraco foi muito fundo dessa vez, a virada é longa, e é neste período que as oportunidades são grandes.
É preciso estar muito atento a essa característica cíclica, que é de toda a economia, mas no mercado imobiliário, ela é maior do que os outros todos, por uma razão muito simples, o mercado imobiliário é o que mais depende de dois fatores mais cíclicos da economia: confiança e crédito. Quando a economia vai bem, todo mundo está confiante, quer comprar e tem disponibilidade de crédito, quando a economia vai mal, é exatamente o contrário.
Assista o vídeo completo aqui em nosso canal do youtube: Mercado Imobiliário – Ricardo Amorim
Fontes: Revista Exame, Notícias do Dia e Economista Ricardo Amorim
